terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Prioridades


Na segunda-feira,26, a Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, enviou uma mensagem gravada à reunião de segurança alimentar 2009 da ONU, realizada em Madri. Na mensagem, Hillary afirmou que as políticas para a erradicação da fome no mundo estão entre as prioridades do governo de Barack Obama. "O presidente Obama deixou claro que aliviar a fome ao redor do mundo é uma das maiores prioridades do seu governo", disse a Secretária de Estado.

Parece que o "Baraca" já começou com as fanfarronices. Dizer que uma das prioridades de seu governo é "aliviar" a fome ao redor do mundo só pode ser brincadeira de mau gosto. Os 963 milhões de famintos existentes hoje no mundo não precisam que a fome seja "aliviada", precisam mesmo é que ela acabe. E se as grandes potências mundiais quisessem poderiam acabar com a fome amanhã. Isso mesmo. Amanhã. Ou até hoje, se for o caso.
Segundo dados da FAO, departamento das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, em 1970 a produção mundial de grãos (base alimentar dos povos do planeta) foi de 1,225 bilhão de toneladas para uma população de 4,003 bilhões de pessoas (uma média de 306 quilos por pessoa). Em 2007, a produção foi de 2,219 bilhões de toneladas para 6,453 bilhões de habitantes, ou seja, uma média de 344 quilos por pessoa. Estes números mostram que a colheita de grãos cresceu 12% a mais que a população.

Diante desse quadro avassalador, cabe uma pergunta-chave: o que justifica hoje a fome de quase 1 bilhão de seres humanos? A resposta? Nada! A não ser a sede assassina do capitalismo por lucros.
Não está nos planos das multinacionais - que controlam a produção de alimentos no mundo - acabar com a fome. Nem hoje, nem amanhã, nem nunca. O motivo? Não é lucrativo.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Entrando de sola


Durante coletiva de imprensa, realizada ontem, 22 de janeiro, o já empossado presidente dos EUA Barack Obama defendeu os ataques de Israel na Faixa de Gaza. "Nós entendemos que Israel tem o direito de se defender, pois nesses últimos anos o Hamas lançou diversos foguetes na região.", disse Obama.

Quando Bush ainda era o presidente, Obama silenciou com relação aos ataques. E seu silêncio já era uma cumplicidade. Como novo comandante do Império, ele nem esperou o primeiro minuto do jogo e já entrou com as travas da chuteira no povo palestino. O problema é que, geralmente, o juiz não expulsa logo no primeiro lance, por mais violenta que seja a entrada. Pelo menos a maioria não.

Mas eu já teria dado cartão vermelho para o Obama. Antes mesmo do jogo começar.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Cadê o "oba oba"?!


Neste sábado, 17, em entrevista exclusiva à CNN, o presidente eleito dos EUA Barack Obama afirmou que o quase ex-governante americano George W. Bush é "uma boa pessoa". "Acho que ele é um bom homem que adora sua família e seu país", disse Obama.

Curioso tudo isso. Durante a campanha, Obama criticou Bush frequentemente e prometeu uma ruptura total com as políticas do texano. Agora, depois de eleito, não tem pudor nenhum em revelar seu verdadeiro discurso. Se Bush é um bom homem, eu sou um vascaíno feliz.

Para os que ficaram surpresos com a declaração do Barack, só há uma coisa a ser dita: eu avisei, não avisei?

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Um sapato para todos nós


Ontem, 15 de janeiro, durante uma cerimônia no Departamento de Estado americano, o quase ex-presidente do EUA, George W. Bush, fez um balanço do desempenho de sua belicosa política externa. Antes do xerife texano falar, a secretária de Estado Condoleezza Rice, querendo aliviar a péssima imagem do presidente, fez questão de elogiar o patrão. "O julgamento da história raramente é o mesmo das manchetes de hoje", disse a secretária.
Bush foi mais ousado e afirmou: "Deixamos o mundo mais livre".

Condoleezza tem toda razão. O julgamento da história não será o mesmo dos jornais. Tem tudo para ser muito pior. Tomara que seja impiedosa com o imperialismo norte-americano.
Sobre o que disse o Bush, não há tempo para comentários. É preciso agir.

Alguém aí me dê um sapato. Rápido!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Excelente oportunidade


Ainda em seu programa de rádio, Lula falou sobre a falta de crédito no mercado e anunciou que o governo deve injetar recursos no BNDES para aumentar investimentos. Defendeu, também, medidas bancárias para facilitar o acesso das empresas ao crédito. Além disso, Lula deu um conselho ao povo. "Essa crise tem que ser encarada pelo povo brasileiro como uma oportunidade".

Claro que é uma oportunidade, presidente. Uma oportunidade para perder o emprego.

Preocupante


Nesta segunda-feira, 12 de janeiro, em seu programa de rádio Café com o Presidente, Lula declarou que o início de 2009 será "preocupante" para o Brasil por causa da crise econômica mundial. "Nós vamos ter um trimestre preocupante, mas o governo tomará todas as medidas necessárias para que essa crise afete menos o povo brasileiro. Nós precisamos garantir empregos, garantir salário e garantir renda. Esses são três componentes extraordinários para que a economia brasileira continue a crescer e o povo não seja vítima de uma crise que não foi causada pelo Brasil", disse o presidente.

Engraçado... não ia ser só uma marolinha?

Com Lula no comando do barco, quem deve se preocupar é o trabalhador.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Já deu pra trás!


Neste domingo, 11 de janeiro, em entrevista emitida pelo canal ABC, o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, deu pra trás na sua promessa de fechar a base de Guantánamo, em Cuba. Afirmando que não cumpriria o que prometeu - pelo menos nos seus primeiros cem dias de governo - Obama disse: "É muito mais difícil do que muita gente acredita".


Essa eu já sabia que você iria dar pra trás. Agora conta outra, Obama.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Previsões


Neste sábado, 03 de janeiro de 2009, o jornalista do Estadão, Marcos Guterman, publicou em seu blog uma notícia preocupante (para quem eu ainda não sei). O ex-analista da KGB e consultor do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Igor Panarin, prevê a desintegração dos EUA em 2010. As chances são de 45% a 55%. Citando o Guterman, que por sua vez cita o Panarin, o futuro da terra do Tio Sam será este: "o declínio econômico e a degradação moral do país vão provocar o colapso do dólar e uma guerra civil já no final de 2009. No final de 2010, os EUA vão se dividir em seis partes, entre as quais a República da Califórnia e a República do Texas. O Alasca será controlado pela Rússia, e o Havaí se tornará protetorado do Japão ou da China.".

O Marcos Guterman não disse, mas o Panarin também previu outras coisas até o fim de 2010. Por exemplo: o Vasco vai ganhar a segunda divisão em 2009 e vencer invicto a primeira no ano seguinte. O Maluf será preso na mesma cela do Daniel Dantas. Bush irá para Júpiter amarrado num foguete. E eu vou acertar na Sena.