Em entrevista publicada no Estadão de hoje, 6 de julho, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, falou sobre a crise econômica mundial: "Estamos no fim de um ciclo econômico capitalista. Neste momento, é preciso fazer ajustes e preparar um novo ciclo". E falando sobre a situação brasileira, comentou: "Já tomamos várias medidas fortes. Já estamos praticando um superávit primário maior (a meta passou de 3,8% do Produto Interno Bruto para 4,3%). Em matéria de contas públicas, estamos tendo um desempenho melhor do que no ano passado. Isso significa reduzir a demanda do Estado.".Sei que é difícil pedir isto para alguém do governo Lula, mas o Mantega bem que podia ser um pouquinho mais honesto. De fato estamos no fim de um ciclo capitalista. Entretanto, o ministro não diz que os "ajustes" para fazer o capitalismo retomar seus lucros representam mais desemprego e uma baita de uma tesourada nos direitos trabalhistas. No Brasil, por exemplo, as medidas fortes do governo Lula significam mais dinheiro para os banqueiros - superávit primário - e cada vez menos gastos públicos, ou seja, menos saúde e menos educação. Você ainda tem dúvida sobre quem vai arcar com a crise? Eu não.
No país que Lula governa, quem paga a conta é quem menos come.
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