Li hoje, terça-feira, 25 de novembro, uma notinha no Tribuna Independente sobre um partido de extrema-direita italiano que está oferecendo 1.500 euros para os pais que derem a seus filhos o nome de Benito Mussolini ou o de sua mulher, Rachele. O pequeno partido fascista Movimento Sociale-Fiamma Tricolore (MS-FT) negou ter qualquer interesse racista com a atitude e disse que os nomes são apenas "bons" e foram escolhidos "casualmente". Segundo os fascistas, o dinheiro deve ser usado para a compra de berços, roupas e comida para os "bambinos".
Pior do que receber um nome desses é saber que você só poderá mudá-lo quando atingir a maioridade. Até lá, será Mussolini isso, Mussolini aquilo...
E eu pensando que mais nada me surpreenderia. É bom ficar esperto.
Um comentário:
João, partindo para o lado romântico dessa historia de nomear filhos, tema do seu post: faz muito tempo que vi na TV – era um programa do Silvio Santos, acho – um participante com o nome de Hitler. Eu era guria ainda, mas já tinha estudado História a ponto de saber o que aquele nomezinho simples, de poucas letras, poderia causar ao rapaz – loirinho, jovem. Até ali, acredito, imperava a ideologia pura dos pais do rebento – sem essa de dinheirinho para comprar o berço.
Ideologias, enfim, são compradas todos os dias das mais diversas maneiras. Agora, atribuir tabela de preço a um produto sem selo de garantia, data de validade e, ainda por cima para o usufruto de terceiros é meio cruel, principalmente quando se pensa que o terceiro é um filho seu. E o mais triste nisso tudo claro que não é a herança maldita do nome, mas a materialização escancarada do que acontece há tempos: estão conseguindo comprar um produto nobre – o pensamento – a preço de banana nos hiper-sacolões do mundo inteiro.
Essa é a minha opinião mais romântica sobre o caso.
Quer pagar quando?
Abraço.
Isolda.
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